sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O Eterno Autarca.


O parecer do CNE, Comissão Nacional de Eleições, a respeito do limite de mandatos, veio confirmar o que já se temia. Após três mandatos os autarcas estão impedidos de se candidatar ao concelho que presidiam, não a concelhos limítrofes.
Na prática, muda muito pouco, vamos passar a assistir a um sistema de rotação dos candidatos por dois ou três concelhos vizinhos, mantendo o que já existia, um “Eterno Autarca”. Esta decisão em nada contribui para a tão esperada renovação política, algo muito desejado em Portugal, e vai continuar a promover o clientelismo.
No quadro actual a linha de fronteira política entre concelhos é muito diminuta, em grande modo devido à pequena dimensão de grande parte dos 308 concelhos existentes, o que auxilia a transição de um autarca do concelho A para o B desde que estes sejam adjacentes.
No meu entender se querem manter esta interpretação, mudem o mapa autárquico, fundam municípios e não freguesias, desta forma a distância entre os centros de decisão seria maior o que promoveria a independência entre concelhos e por conseguinte dificultaria este sistema de troca de cadeiras que se avizinha.

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