Pois considero o momento do dia em que me instalo debaixo do chuveiro altura ideal para divagar em pensamentos e fazer reflexões sobre o quotidiano, a actualidade ou outros assuntos.
O Governo da República
está à espera de um ossinho atirado pela Europa e pela Sr.ª Merkel, mas até
agora nada.
A atitude do
nosso Primeiro-Ministro é a de um cachorrinho bem comportado, à espera que lhe
atirem um osso. Só assim se compreende a atitude submissa face às políticas de
austeridade, e a falta de tomada de posição em relação às novas “ondas”
Europeias.
O debate no
Parlamento foi prova cabal desta atitude, a mim custa-me ver uma posição tão
seguidista e submissa. Ainda por cima quando se vê que os países que têm
realizado alguma pressão têm sido beneficiados.
Agora que a “receita”
não está a resultar, basta olhar para o défice do 1º trimestre, só nos resta
que o osso venha depressa.
Mais uma boa iniciativa da Livraria NFVISION. Com o Professor Roque Amaro a falar sobre o conceito de economia solidaria e sobre a revista da qual é editor.
Em Junho
de 1926, foi instaurada a censura prévia aos Jornais Portugueses, 86 anos
depois, em plena democracia, continuamos a assistir a uma outra forma de “censura”,
mais leve e mais disfarçada.
As pressões
sobre os jornais e jornalistas são uma forma de condicionar a transmissão de
informações de uma forma livre, o que é isso senão censura.
“A concentração exclusiva na austeridade
(nos anos 1920 e 1930) conduziu a um desemprego em massa, a um colapso dos
sistemas democráticos e, no final, à catástrofe do nazismo."
Ewald Nowotny
Este paralelismo
feito pelo Presidente do Banco Central Austríaco não é novo, já foi feito por
Nouriel Roubini, e é preocupante por ser real.
Basta olhar-mos
para as recentes eleições em vários países europeus para compreendermos o
efeito da austeridade ao nível político. Tal como Adolf Hitler, que soube
cavalgar a onda de insatisfação pelas medidas impostas à Alemanha no fim da I
Grande Guerra, estamos a assistir actualmente ao levantamento de outros
movimentos políticos radicais que podem a muito curto prazo dar aso ao colapso
das instituições democráticas europeias.
«No imediato não há qualquer meta contida no memorando de entendimento assinado com a 'troika' que tenha como objectivo privilegiar o crescimento económico e o emprego. Pelo contrário, o memorando aposta para um conjunto de metas que conduzem inevitavelmente à recessão económica»
Miguel Macedo.
Senhor ministro,
todos nós sabemos que o que diz é verdade, contudo cabe ao governo fazer o seu
papel. As conjunturas alteraram-se já nada é o que era, a Europa mudou, o
discurso politico alterou-se. Só falta o Governo Português alterar a sua
postura, arregaçar as mangas, e trabalhar para acrescentar ao memorando um
componente de crescimento.
Pode ser igualmente o dia E, eleições na Grécia e o "futuro" do euro. Dia E decisão ficamos o voltamos no Euro 2012.
De qualquer das formas um dia de decisões.
Só uma pessoa ingénua pode pensar que a nova taxa aplicada às grandes superfícies não vai ser reflectida nos consumidores ou nos produtores.
Esta "doce" ingenuidade, ou falta de preparação, da Ministra da Agricultura é algo assustador.
Por enquanto é
só o funcionalismo público, mas tendo em conta a execução orçamental podemos
ser todos Nós, perante esta situação só me apetece relembrar isto.
Bobby McFerrin
Don't Worry, Be Happy
Here is a little song I wrote You might want to sing itnote for note Don't worry be happy In every life we have some trouble When you worry you make it double Don't worry, be happy......
Ain't got no place to lay your head Somebody came and took your bed Don't worry, be happy The land lord say your rent is late He mayhave to litigate Don't worry, be happy Lood at me I am happy Don'tworry, be happy Here I give you my phone number When you worry call me I make you happy Don't worry, be happy Ain't got no cash, ain't gotno style Ain't got not girl to make you smile But don't worry be happy Cause when you worry Your face will frown And that will bringeverybody down So don't worry, be happy (now).....
There is thislittle song I wrote I hope you learn it note for note Like good littlechildren Don't worry, be happy Listen to what I say In your lifeexpect some trouble But when you worry You make it double Don'tworry, be happy...... Don't worry don't do it, be happy Put a smile onyour face Don't bring everybody down like this Don't worry, it will soonpast Whatever it is Don't worry, be happy
O nosso “amigo”
Alberto João fez umas declarações interessantes.
“a democracia não seja
subvertida por aparentes estruturas democráticas que não o são e que, no caso
de a Pátria atravessar situações mais complexas mais uma vez saibam fazer o
povo de Portugal recuperar a sua soberania e encontrar os caminhos de futuro a que
tem direito”
Será que está a
apelar por uma revolução contra o Governo Regional Madeirense?
"Nós hoje já não exportamos só
futebolistas, exportamos cientistas, exportamos pintores, artistas plásticos.
Hoje temos essa capacidade, esse é o grande bem de um pequeno país. É isso que
nós temos para exportar, a capacidade de afirmação que a nossa história sempre
demonstrou"
Estas
declarações de MR são muito engraçadas, atrevo-me a dizer que devíamos exportar
também políticos, a começar pelo próprio.
Forçar os nossos
activos à emigração não é um bom sinal, é sim um sinal de decadência do país.
Nós necessitamos dos melhores em Portugal para que consigamos criar,
desenvolver e exportar bens de valor acrescentado e não pessoas que trazem
valor acrescentado à economia e ao país.
O actual Governo da Republica está a beneficiar do maior estado de graça que me lembro. A contestação pelas medidas impopulares, senão mesmo lesivas e inconstitucionais, quase não se faz sentir.
Os Portugueses parecem viver num estado de apatia e de medo, salvo poucas excepções, fechados dentro de si mesmos num constante dilema moral.
A austeridade é o castigo pelo crime de viver acima das possibilidades?
Será este dilema Real? Ou é uma manobra política para controlar o povo?
"Portugal não tem governo neste momento e vão uns certos senhores dar uma
passeata num certo dia fazer propaganda tipo união nacional, de não saudosa
memória, pelo país fora, a dizer que somos os melhores do mundo.
No fim ainda aparece um senhor, que pelos vistos ocupa as
funções de primeiro-ministro, dizendo um obrigado à profunda resignação de um
povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico.
Conclusão: parecia que estava a ouvir um discurso de uma certa pessoa há 50
anos., Estou profundamente chocado.
Apetecia-me dizer: vamos todos hoje para a rua. Não vamos fazer tumultos, vamos
fazer democracia."
Estou farto de
ler os jornais e só ouvir falar de José Sócrates! Não quero saber o que ele
anda a estudar, quanto ele gasta, onde passa férias, ou o que comeu na ultima
segunda-feira. Como se não bastasse o Facebook está igualmente cheio de post’s
com comentários sobre as actividades socratianas.
Deixem o homem
ir à sua vida, se existir algum facto de interesse criminal ou politico dêem a notícia,
se não estou-me nas tintas para o que o senhor anda a fazer na terra da
baguetes e dos croissants.
Hoje foi
contagiado pelo “síndrome das calças velhas”, para quem não sabe do que falo
passo a explicar. Todos nós temos uma peça de vestuário no armário que não
usamos muito, mas que está lá e transmite um sentimento de conforto e que de
vez em quando gostamos de usar. E se por alguma razão alguém as mete fora
provoca-nos um sentimento de falta e de insegurança.
Não querendo
comparar a RTP – Açores a umas “calças velhas” foi este o sentimento com que
acordei hoje. Não sou um grande espectador da RTP-Açores, via alguns programas,
nomeadamente o Bom Dia, a síntese informativa do meio-dia e alguns programas
sobre Politica Regional. Mas a verdade é que ela estava lá no canal 18, com uma
programação ajustada aos espectadores, e transmitia um sentimento de conforto e
de contacto com uma realidade dispersa por nove ilhas e alguns continentes.
Está na moda andarem
a fazer relatórios sobre cidadãos, foi sobre Dr. Pinto Balsemão, sobre o Dr.
Miguel Sousa Tavares, Sobre o Eng. Ângelo Correia, sobre Dr. Ricardo Costa, e com
toda a certeza haverá muitos mais.
Com a crise que
se instalou em Portugal é preciso capitalizar as modas e trazer algum valor
acrescentado. Desta forma proponho ao Dr. Júlio Pereira a abertura de um
serviço, online, para que todo o
cidadão que queira um relatório sobre si, só para ficar in, envie os seus dados
e um vale postal com quantia a definir para o SIED.
As datas
comemorativas são sempre importantes, fazem-nos lembrar assuntos que muitas vezes
estão adormecidos, ou ocultos por preocupações do quotidiano.
Hoje dia 1 de
Junho comemora-se o Dia da Criança em Portugal. Este dia, apesar de dia de
festa, deve ser usado para a reflexão. Devemos analisar o que está acontecer no
país e quais os seus reflexos no quotidiano e no futuro das “nossas” crianças.
O último relatório
da UNICEF é, do meu ponto de vista, motivo para nos sentirmos envergonhados aponta
Portugal como o um dos piores países para ser criança, e avança com números demolidores
sobre a percentagem de crianças abaixo do limiar de pobreza.
Acredito que
iremos ultrapassar o mau momento em que estamos, mas mesmo nesta altura de
crise é necessário salvaguardar o futuro, e o futuro passará sempre pelas “nossas”
crianças e jovens, mais que não seja por uma questão demográfica.